quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Moisés e o Monoteísmo

Tendo Moisés plasmado seu Espírito no ambiente politeísta do Egito, como pôde lançar os fundamentos do monoteísmo com tanta força?
Não foi como pensa o caro amigo. Moisés teve todos os privilégios da educação faraônica. E, a respeito, convém reler "A voz do Antigo Egito", de Lorenz: "No sistema religioso dos antigos egípicios, temos que distinguir entre a religião do povo e a dos sacerdotes. Esta era monoteísta, mas a religião popular era politeísta. Os sacerdotes adoravam um só Deus, do qual tinham idéias espiritualistas, mas REVELAVAM ESTA VERDADE SÓ AOS INICIADOS, APTOS A COMPREÊNDE-LA.
A respeito do Deus único e verdadeiro, lê-se nos livros sagrados do antigo Egito: "As nossas mãos não podem tocá-lo. Tudo o que existe está em teu seio". Como o povo não era capaz de compreender tal concepção abstrata, era necessário dar-lhe uma imagem simbólica. E os antigos sacerdotes egípcios escolheram, para tal fim, o Sol. A base de sua doutrina secreta era que "Deus se manifesta pelo Sol". O Sol era, portanto, a figura de manifestação divina, o corpo de Deus. Em um dos papiros está escrito: "Deus se oculta na pupila do astro-rei e irradia por seu olho luminoso". A Divindade, assim figurada, chamou-se Amon-Râ. O Sol exprimia o movimento eterno, pela aurora e pelo seu ocaso.
E, agora, amigo, responda: - O povo atual deixou de ser politeísta? Todos têm seus padroeiros, seus santos fortes, seus guias de terreiros e estes não deixam de ser deuses na "religião popular". E, no entanto, a missão de Jesus, desde que deu o Decálogo a Moisés, foi ensinar a Humanidade a adorar O ÚNICO E VERDADEIRO DEUS. Está no Evangelho, e também está no seu Apocalípse.
(Alziro Zarur)